Ivan Mario Braun
1069 | Respostas |
54 | Especialistas concordam |
1899 | Agradecimentos |
-
A depressão costuma causar este tipo de sintomas e já este fato requer que ela seja avaliada por um psiquiatra.
 
Além disso, estas atitudes podem ser devidas, também, a outros problemas psiquiátricos, desde quadros psicóticos (quadros em que a pessoa perde a noção de realidade e apresenta pensamentos e comportamentos muitas vezes bizarros) a transtornos de personalidade (quadros de alterações comportamentais que se iniciam no final da adolescência e permanecem por toda a vida).
-
A síndrome do pânico só é diagnosticada quando a pessoa tem crises de pânico com uma certa frequência e que já estejam presentes há um período de várias semanas. Além disso, pessoas leigas frequentemente chamam de "pânico" situações de medo ou angústia muito grandes e que não tem relação direta com o transtorno de pânico.
 
O pânico pode ser tratado com técnicas de terapia comportamental, comportamental-cognitiva ou um tipo de terapia chamado de ACT.
 
Entretanto, medicações como a fluoxetina, a sertralina, a paroxetina e a clomipramina costumam trazer resultados excelentes em prazos relativamente curtos (às vezes, as pessoas ficam controladas após um período de poucas semanas). Estas medicações não causam dependência e não trazem efeitos colaterais perigosos, na imensa maioria das pessoas.
 
Pode-se usar, por um período curto de tempo (semanas) medicações como o alprazolam. Estas medicações trazem um alívio muito rápido, porém podem causar dependência e problemas de memória. Por estes motivos, devem ser reservadas apenas para os casos mais graves.
-
O transtorno bipolar se caracteriza por fases em que a pessoa passa dias ou semanas deprimida ou excessivamente alegre, eufórica ou irritada. Este segundo tipo de fase é denominado de fase "maníaca" e, além dos sintomas de humor a pessoa com frequência se sente muito capaz, mesmo poderosa e isto a leva a iniciar projetos ambiciosos, fazer compras excessivas, engajar-se em atividades comerciais e interpessoais de risco. Frequentemente, o desejo sexual aumenta e a necessidade de sono diminui; muitas vezes, a pessoa faz as coisas rápido demais e começa novas coisas antes de terminar a primeira (por exemplo, começa a lavar louças, não termina e vai fazer um trabalho no computador; antes de terminar, vai ler um livro e, logo em seguida, vai assistir à TV). A pessoa pode falar rápido demais, o que chega, por vezes, a fazer com que "perca o fio da meada". O próprio indivíduo pode sentir que seus pensamentos vêm tão rápido que não os consegue acompanhar. Em casos extremos, a pessoa perde a noção da realidade e se acredita mesmo em um Deus ou Jesus Cristo.
Em alguns casos, que se chamam "mistos", as fases podem ocorrer ao mesmo tempo ou se alternar num mesmo dia.
O transtorno bipolar é um quadro que jamais deve ser "diagnosticado" por pessoas leigas, pois não é um problema de mudar muito de humor, simplesmente. É extremamente frequente que pessoas leigas refiram-se a si mesmas ou a outras pessoas como "bipolares", pois "cada hora está de um jeito". Com isto, muitas vezes confundem com o transtorno bipolar oscilações de humor normais e decorrentes de outros fatores que não a bipolaridade.
Se houver suspeita de bipolaridade, deve-se procurar um psiquiatra.
-
Crises de ansiedade podem aparecer em várias formas, mas as mais comuns são picos que ocorrem em pessoas previamente ansiosas e as crises de pânico, que podem aparecer em momentos que a pessoa esteja se sentindo calma e tranquila.
Ambas costumam apresentar uma sensação subjetiva de ansiedade, angústia ou medo e, juntamente, uma série de sintomas físicos como tremores, suor, vontade de urinar ou evacuar, sensações de tontura, sensações desagradáveis na região abdominal, vista turva, sensação de falta de ar, palpitações cardíacas.
Ela deve ser avaliada por um psiquiatra, para saber se há necessidade de tratamento.
-
Comer muito aos fins de semana não significa, necessariamente, que a pessoa tem bulimia. Pessoas com bulimia apresentam outras características de comportamento, tais como comer muito num espaço de tempo muito curto (por exemplo, 2 horas) durante os episódios; ter sentimentos de culpa após a ingestão, sentir-se desconfortavelmente "cheio" após o episódio; ter vergonha de comer na frente dos outros em função da quantidade de comida ingerida; comer sem fome.
 
A adolescente precisaria de uma avaliação psiquiátrica para verificar se existe um quadro de bulimia nervosa e se existem componentes depressivos ou ansiosos que requeiram tratamento.
 
Finalmente, mesmo que não se trate de bulimia, propriamente dita, ela precisaria de uma reeducação alimentar.