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Ivan Mario Braun

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O que fazer para evitar as crises de síndrome do pânico?
  • As crises de pânico podem ser evitadas através de técnicas comportamentais (grosso modo, são alguns exercícios que aumentam a resistência da pessoa às situações que desencadeiam as crises de pânico) e de medicações.

    Apesar de ser possível tratar as crises apenas através de técnicas comportamentais e "cognitivas", geralmente se opta por usar também medicações, pois isto pode acelerar o tratamento (o que diminui o sofrimento e mesmo os custos) e as medicações são seguras.

    As medicações mais usadas são os inibidores de recaptação da serotonina como, por exemplo, a fluoxetina, a sertralina, o citalopram e a paroxetina, entre outros. Todos são eficazes na maioria dos casos mas, em alguns casos mais resistentes, pode haver necessidade de acrescentar outras medicações ou de fazer uma troca por remédios mais potentes.

    Qual medicação o médico usa é decidido junto com o paciente, segundo alguns critérios, que vão desde preferências pessoais do paciente até questões técnicas como, por exemplo, evitar o uso da fluoxetina em pessoa mais idosas, pois ela permanece no sangue por muito tempo, o que pode trazer alguns pequenos riscos em organismos mais frágeis.

    Por outro lado, em alguns casos, para diminuir mais rapidamente o sofrimento, usam-se medicações chamadas de "benzodiazepínicos" (são aquelas vendidas com "receita azul" e que têm uma faixa preta, na caixa). Estas medicações costumam causar um bem estar quase imediato, porém NÃO devem ser usados por mais que algumas semanas, pois podem causar dependência e problemas de memória.

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    Dr. Ivan Mario Braun
    Dr. Ivan Mario Braun
    Psicoterapia
    Psiquiatria
    São Paulo / SP
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O que é psicoterapia?
  • Psicoterapias são conjuntos de técnicas que envolvem uma modificação dos comportamentos dos clientes através da comunicação com o terapeuta.

    Assim, a psicoterapia não envolve o uso de medicações ou outras intervenções químicas ou físicas que ajam diretamente sobre o organismo.

    De certa forma, pode-se dizer que, enquanto as medicações atuam diretamente no "hardware", as psicoterapias modificam o "software". Para quem não entende um pouco de computação, isto equivale a dizer que, enquanto as medicações agem de dentro para fora, as psicoterapias agem de fora para dentro, através do(a) terapeuta.

    A utilidade das psicoterapias (e da terapia comportamental) é grande em situações como resolver problemas interpessoais e de atitudes perante a vida, assim como no tratamento de fobias, alguns quadros de pânico, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), e tiques. Ela pode ser útil no tratamento de quadros de depressão, principalmente como coadjuvante do tratamento com remédios e para controlar problemas de uso de drogas, incluindo álcool e cigarro. Sua utilidade é, entretanto, pequena no tratamento de quadros como esquizofrenias ou o transtorno bipolar.

    Existem centenas de tipos de psicoterapias. No caso de problemas interpessoais e de posturas perante a vida, a utilidade das psicoterapias é equivalente e depende muito da habilidade e da experiência do(a) terapeuta. Entretanto, para alguns problemas como fobias, pânico e TOC, apenas alguns tipos de terapia têm utilidade cientificamente comprovada (por exemplo, a terapia comportamental, a terapia comportamental-cognitiva e a "acceptance and commitment therapy" ou ACT).

    Procedimentos como "terapia de vidas passadas", florais de Bach, cromoterapia e terapia com cristais NÃO são psicoterapias e NÃO têm nenhuma comprovação científica.

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    Dr. Ivan Mario Braun
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    Psicoterapia
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Quais os sintomas de síndrome do pânico?
  • A síndrome do pânico ou, como é chamado com mais frequência, "transtorno de pânico", caracteriza-se por crises que aparecem subitamente (isto é, a pessoa pode estar se sentindo totalmente bem e, de repente, sente os sintomas). São crises de duração relativamente curta, porém podem ocorrer uma seguida à outra, por vezes durante um dia inteiro. A pessoa sente um medo ou uma angústia intensos. Pode ficar com falta de ar, sensação de que vai morrer, dores no peito, "estômago embrulhado", tremores, suor, tontura e até vontade de fazer xixi ou cocô.

     

    As crises podem "aparecer do nada" ou ocorrer quando a pessoa está em alguns lugares como ambientes fechados ou muito cheios de gente. Podem ocorrer, às vezes, durante o sono ou mesmo durante uma relação sexual.

     

    Muitas vezes, as pessoas confundem o transtorno de pânico com uma situação qualquer de medo intenso, ansiedade. Isto é, às vezes vêm pessoas ao consultório e dizem "doutor, estou com pânico, acho que meu filho pode estar usando drogas"; ou "doutor, estou com pânico, não sei o que fazer da minha vida". Apesar de a gente usar a palavra "pânico" nestes contextos, no dia-a-dia, para o psiquiatra as crises de pânico são apenas aquelas que têm as características descritas acima.

     

    Finalmente, algumas pessoas apresentam crises apenas raramente. Nestes casos, diz-se que a pessoa tem (ou teve) crises de pânico, mas não chega a ser um transtorno de pânico. A importância prática disto é que, nestes casos, pode não haver necessidade de tratamento ou o tratamento pode ser diferente daquele do transtorno de pânico.

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    • Dr. Ernane Pinheiro de Freitas
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    Dr. Ivan Mario Braun
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Minha irmã apresenta uma mudança brusca de comportamento/personalidade, parece que se transforma em outra pessoa, muda a maneira de agir, de conversar (muda o timbre de voz) e até a fisionomia, fica normal e anormal.
  • Esta pergunta fica difícil de responder. Você poderia fornecer mais alguns dados?

    Como ela se comporta quando ela muda sua maneira de agir? Fica alegre, triste ou agressiva? Fala mais rápido que o normal, atropela seus próprios pensamentos, faz muitas piadinhas? Gasta muito? Ou não é nada disso? (Se não for, diga o que ocorre.)

    Quanto tempo duram essas mudanças de comportamento (horas? dias? semanas? meses?).

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    Dr. Ivan Mario Braun
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TENHO 50 ANOS, SOU DO SEXO FEMININO, ESTÃO ACONTECENDO COISAS ESTRANHAS COMIGO. ANTES ACONTECIA, MAS NÃO TÃO ACENTUADAS. POR EXEMPLO, VONTADE DE MORRER, SUMIR, REJEIÇÃO, BAIXA AUTO-ESTIMA. PARECE QUE NÃO DÁ VONTADE DE FAZER MAIS NADA. O QUE SERÁ?
  • Tudo indica que você está com depressão.

     

    Talvez, mesmo antes, você tivesse alguns sintomas. Realmente, algumas pessoas possuem sintomas leves de depressão, durante muitos anos seguidos. Isto se chama "distimia". E uma parte delas desenvolve um quadro mais forte, que é a depressão.

     

    Às vezes, a depressão pode estar associada a alterações hormonais que acontecem na sua faixa de idade. Porém você pode estar com todo o organismo funcionando normalmente e, mesmo assim, ter depressão. Isto ocorre porque algumas pessoas (cerca de 30 por cento) tem uma tendência a ter alterações na química cerebral que levam-na a sentir exatamente o que você está sentindo.

     

    A depressão necessita de tratamento com remédios. O importante é que estes remédios sejam dados na dose certa e pelo tempo certo, Tratamentos com doses muito baixas, às vezes, só melhoram os sintomas, mas não controlam a depressão. Tratamentos muito curtos aumentam a chance de recaídas.

     

    É muito importante tratar a depressão pois ela, além de diminuir a qualidade de vida da pessoa e prejudicar seu dia-a-dia, possivelmente aumenta o risco de algumas doenças e mesmo pode levar à morte de células cerebrais, ao longo do tempo. Além disso, o quadro pode agravar-se ao longo do tempo e, em até 10 por cento dos deprimidos graves, pode levar ao suicídio.

     

    A depressão pode passar ou melhorar sozinha, mas é melhor não arriscar. As medicações antidepressivas são seguras e não causam dependência.

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    • Dr. Ernane Pinheiro de Freitas
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    Dr. Ivan Mario Braun
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