Ivan Mario Braun
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Sugiro que se informe no setor de RH de onde trabalha ou com um(a) médico(a) do trabalho.
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Pode ser parte de uma depressão, sim, mas pode ser um transtorno de ansiedade, na linha das fobias. Fobias são, basicamente, medos exagerados. Elas frequentemente ocorrem em contextos como lugares fechados, estar no meio de muitas pessoas, estar em veículos automotores ou aviões e estar longe de casa. Outras vezes, ocorrem quando se precisa fazer algo na frente de outras pessoas. Há fobias de animais. Há até quem tenha fobias de palhaços de circo.
Nem todos que têm fobias têm depressão. Mas, por vezes, a fobia aparece no contexto de uma depressão e, quando se trata a depressão, ela melhora ou desaparece.
Se não houver depressão, apenas fobia, geralmente as técnicas comportamentais funcionam melhor que os remédios. Estas técnicas são exercícios nos quais a pessoa aprende, aos poucos, a enfrentar sem medo as situações que lhe trazem insegurança.
As dores de barriga e diarreia, possivelmente, fazem parte da ansiedade que ocorre junto com o comportamento de fobia.
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Por vezes, o conceito que os psicólogos usam de transtorno borderline é diferente daquele dos psiquiatras, apesar de que, hoje em dia, a tendência é esta diferença desaparecer.
Na psicologia psicodinâmica, a pessoa borderline é alguém que tem características intermediárias entre o neurótico e o psicótico.
Na psiquiatra, a pessoa borderline se caracteriza pela sua grande instabilidade, em várias áreas: emocional, profissional, afetiva, eventualmente até sexual. Assim, são pessoas que oscilam, frequentemente, entre paixões e tédio; entre uma enorme motivação para uma atividade que, depois, se desfaz (levando a pessoa, muitas vezes, a fazer vários cursos, iniciar várias faculdades e trabalhar em vários empregos e profissões).
Este tipo de conduta, com frequência, leva a um baixo grau de sucesso na vida profissional e afetiva.
Frequentemente, as pessoas borderline se queixam de uma grande sensação de vazio.
As chances de pessoas borderline usarem drogas, terem excesso de impulso sexual e mesmo outros problemas psiquiátricos é maior.
Em geral, as pessoas borderline são tratadas com medicações e psicoterapia. As medicações podem ser de vários tipos, para diminuir ansiedade, sintomas depressivos, ajudar a controlar o uso de algumas drogas ou diminuir os comportamentos muito impulsivos.
É possível que pelo menos uma parte das pessoas que recebem este diagnóstico são, na verdade, portadores de transtorno bipolar e já vi vários casos que tiveram excelente melhora com estabilizadores de humor.
Em princípio, todo psiquiatra deve saber tratar deste tipo de problema.
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Depressão: tristeza, desânimo, pessimismo, insônia ou excesso de sono, dificuldades de concentração, sensação de que não consegue ter prazer naquelas coisas que antigamente davam prazer, aumento excessivo ou diminuição do apetite, diminuição do desejo sexual, por vezes podem ocorrer ideias de que não vale a pena viver ("seria melhor Deus me levar") ou mesmo ideias de suicídio.
Ansiedade: sensação de ansiedade ou angústia percebida a pela própria pessoa, na maior parte do tempo; preocupações excessivas, sintomas físicos como suores, palpitações no peito, falta de ar, tremores, vontade frequente de urinar ou evacuar, sensação de aperto no peito ou de desconforto na região do estômago. Medo excessivo de problemas futuros (econômicos, de saúde) até fantasias persistentes de que possam ocorrer tragédias. Dificuldades de concentração, insônia. O distúrbio deve ser suficientemente grave para interferir no bem-estar na vida cotidiana da pessoa.
Pânico: crises frequentes e súbitas de mal-estar com angústia ou medo intensos (por vezes, a pessoa sente que vai morrer), acompanhado de sintomas semelhantes aos descritos para a ansiedade, acima (na verdade, o pânico é considerado um tipo de transtorno de ansiedade). As crises podem ocorrer espontaneamente ou em determinadas situações, como estar no meio de muita gente, em lugares fechados ou longe de casa.
Nem todos os sintomas precisam estar presentes para que se possa fazer o diagnóstico. O psiquiatra sabe, pelo número de sintomas e o tempo que ocorrem, se o diagnóstico pode ser feito ou não.
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O tratamento destes problemas é muito longo e o acompanhamento médico também (de preferência, por psiquiatra).
 
O ideal é que, se o tratamento estiver dando certo, continue sempre com o mesmo psiquiatra, que já conhece sua esposa. Talvez possa combinar com ele de fazer retornos esporádicos, em seu estado.
 
Caso isto seja impossível, procure sem falta um psiquiatra no novo estado, para que sua esposa possa ser acompanhada pelo tempo necessário. Infelizmente, é frequente que pessoas que melhoraram parem o tratamento e piorem novamente, em semanas ou meses.