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Ivan Mario Braun

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Boa noite, tenho síndrome do pânico há alguns anos. Cada dia fica mais difícil viver com essa doença. A mesma tem cura? Pois sonho um dia ficar curada.
  • A síndrome do pânico ou "transtorno de pânico" pode ser bem controlada, na maioria das vezes, através de medicações, contanto que a pessoa tome a medicação certa, na dose certa e pelo tempo certo (tratamentos curtos demais aumentam a chance de recaídas).

    Entretanto, infelizmente, muitas pessoas precisam tratar-se durante toda a vida pois, quando param o tratamento, o problema volta. Porém, se elas continuarem tomando as medicações, sua qualidade de vida costuma ser muito boa e as medicações são seguras e não causam dependência (com exceção daquelas que têm uma faixa preta na embalagem, que devem ser evitadas, sempre que possível).

    Um certo número de pessoas com pânico desenvolve medos muito intensos de lugares cheios de gente ou de lugares fechados, por exemplo. Este tipo de medo (fobia) frequentemente não melhora com os remédios, mas existem excelentes técnicas comportamentais para seu tratamento, que podem acabar com eles no espaço de meses ou mesmo semanas.

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    Dr. Ivan Mario Braun
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    Psicoterapia
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Ultimamente tenho me sentido desanimada, sem vontade de nada, nem as coisas de rotina tipo sair de casa. Sinto dores de cabeça e um cansaço interminável, sem paciência, brigo com todos, por tudo, tenho falta de ar e enjoos. Isso pode ser alguma síndrome?
  • Possivelmente você está com depressão.

     

    Mas é difícil responder, assim, sem avaliar todos os sintomas e fazer alguns exames.

     

    Por exemplo, falta de ar e enjoos não são fenômenos típicos da depressão e podem ter alguma outra causa. Podem ser causados por ansiedade ou mesmo por algumas doenças físicas.

     

    As dores de cabeça também não são sintomas de depressão, apesar de serem mais frequentes em pessoas com depressão.

     

    Assim, seria interessante você fazer uma consulta num psiquiatra que tenha bons conhecimentos médicos gerais ou passar antes num médico clínico geral e, se ele não detectar nada, você prossegue o tratamento com um psiquiatra. Alguns clínicos conseguem tratar depressões mas, muitos deles, mesmo reconhecidamente bons, tem dificuldades de acertar doses e tipos de antidepressivos.

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Existe tratamento para viciados em jogos de baralho??
  • Com certeza.

    Vícios em jogos geralmente fazem parte de um grupo de transtornos que se chama "jogo patológico". Estes transtornos se caracterizam pelo fato de as pessoas jogarem e terem prejuízos como, entre outros, perda de dinheiro, problemas familiares, profissionais, dívidas. Apesar destes problemas, estas pessoas têm muita dificuldade de parar de jogar ou, quando param, retornam ao jogo depois de algum tempo.

    O tratamento se baseia principalmente em técnicas comportamentais: o terapeuta, junto com o(a) paciente, faz um verdadeiro mapa para entender o comportamento de jogo (Quando você joga mais? Que tipo de jogos? Quanto você já perdeu? Já se endividou? Já parou alguma época? Por quanto tempo?). Em cima desta compreensão, procura-se ajudar o(a) paciente a evitar o jogo e viver sem o mesmo. Não é uma tarefa tão fácil, porque jogar pode ser excitante e desafiador; muitas pessoas encontram nos lugares que jogam companhias interessantes e, alguns mais solitários, só se socializam durante o jogo; o jogo pode aliviar tensões e, em alguns momentos, até trazer dinheiro (só que, para aqueles que jogam por dinheiro, ao longo do tempo,as perdas são geralmente maiores que os ganhos). Além disso, frequentemente (mas nem sempre), existe uma tendência de, quando a pessoa perde, querer jogar mais, para recuperar o que perdeu.

    Em alguns casos, existem alguns remédios que podem ser úteis no tratamento.

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    Dr. Ivan Mario Braun
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Tenho muito medo de bactérias, acho que estão em todo lugar. Não quero sair de casa para não me sentar com medo de bactéria, é horrível viver assim, o que faço?
  • Este tipo de problema pode ser uma fobia (medo exagerado) ou um transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). Neste último caso, geralmente a pessoa, além do medo excessivo ou mesmo irracional, costuma ter rituais para tentar diminuir os medos ou pensamentos desagradáveis. Estes rituais podem ser, por exemplo, rezas, pensamentos "positivos" para combater os negativos, lavagem excessiva das mãos ou do corpo, evitar apertar a mão de outras pessoas. Entretanto, existem outros rituais, pois cada pessoa pode ter rituais diferentes.

    Estes quadros (tanto as fobias quanto o TOC) têm tratamentos muito eficazes, baseados em medicações (principalmente os inibidores de recaptação de serotonina, que são a primeira opção) e terapia comportamental ou técnicas comportamental-cognitivas. A melhora costuma ocorrer, em grande parte dos casos, num período de semanas a meses.

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Como controlar ansiedade?
  • A ansiedade é um fenômeno normal e constitui uma proteção contra perigos e uma consequência natural de situações de conflito.

     

    Entretanto, em algumas pessoas, em algum momento da vida, podem ocorrer quadros graves, que requerem tratamento. Nesses casos, a ansiedade deixa de ser um mecanismo de proteção e passa a ser sofrida e paralisante.

     

    Ela envolve uma sensação frequentemente desagradável de excitação e apreensão e, muitas vezes, medos ou preocupações excessivas. Além disso, a pessoa frequentemente apresenta sintomas físicos, como sensação de "estômago embrulhado", aperto no peito, suor, batimentos cardíacos acelerados, tontura, visão turva, tremores, falta de ar.

     

    A ansiedade pode ser tratada com psicoterapias e terapia comportamental, que modificam o modo de a pessoa enfrentar o mundo e, com isto, a fortalecem contra a ansiedade grave.

     

    Frequentemente, há necessidade de uso de remédios, pois eles aceleram os resultados e há mesmo casos graves de ansiedade que, aparentemente, não melhoram somente com psicoterapias.

     

    As medicações mais usadas e de primeira linha são os inibidores de recaptação da serotonina, como a fluoxetina, a sertralina, o citalopram, a paroxetina. Mas, dependendo do caso, existem muitas outras opções, como a buspirona, os antidepressivos tricíclicos e a gabapentina.

     

    Devem ser evitadas as medicações benzodiazepínicas (aquelas que são vendidas com "receita azul" e vêm com uma faixa preta, na embalagem). Elas causam dependência, problemas de memória e não devem ser usadas, na grande maioria das vezes, por mais de algumas semanas.

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