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Ivan Mario Braun

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Boa tarde! Preciso de uma consulta urgente para minha filha, ela é esquizofrênica refratária e está sem a medicação desde ontem, porque não tem no mercado para venda. Foi trocada na última internação para ziprasidona 80 mg. Preciso de ajuda.
  • Apesar de, por vezes, ser difícil de encontrar, a ziprasidona não saiu do mercado. Procure informar-se em várias farmácias, inclusive nas menores. Procure, também, o contato de farmácias de compra online e os serviços de atendimento ao consumidor (SAC).

     

    Em caso de não encontrar a medicação, dirija-se ao psiquiatra de sua filha ou a algum colega dele (se for em posto de saúde ou ele estiver ausente) e exponha o problema. Quando a medicação está em falta no mercado, é possível substituí-la por outra. A substituição não garante que o efeito seja o mesmo, porém há várias medicações antipsicóticas eficazes, além da ziprasidona. De qualquer forma, sua filha não pode ficar sem medicação, de modo que você deve agir rapidamente.

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    Dr. Ivan Mario Braun
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Toda vez que estou em um lugar longe de casa, me dá vontade de ir ao banheiro, minha não sua, meu corpo começa sua frio, mas quando chego em casa tudo isso passa. Se for para algum lugar parece que já quer me dar dor de barriga nem saio muito de casa
  • A descrição que você dá sugere um quadro de ansiedade. O aumento da ansiedade, à medida que a pessoa se afasta de ambientes com os quais está acostumado, geralmente é sintoma de quadros chamados de "fobia". Fobias nada mais são do que medos ou ansiedades exageradas ou irracionais. Assim, é normal as pessoas se sentirem mais seguras próximas às suas casas, onde conhecem o ambiente, as pessoas e onde podem refugiar-se rapidamente, caso tenham algum problema. Este comportamento é observado também em animais, inclusive em peixes. Entretanto, a pessoa com fobia tem estas reações de modo exagerado, de modo que sente muito medo ou ansiedade, quando longe de casa. E suar frio e vontade de ir banheiro fazem parte da reação ansiosa, assim como a dor de barriga. Por vezes, os medos exagerados e fobias aparecem no contexto de depressões ou outros quadros ansiosos. Nestes casos, frequentemente há necessidade de tratamento medicamentoso. Outras vezes, as fobias aparecem isoladas (ou seja, a pessoa "só" tem a fobia). Nestes casos, o tratamento com terapia cognitivo-comportamental, sem medicações, é a primeira opção e, com a colaboração do paciente, tem resultados excelentes.

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Eu tenho crise de irritabilidade e desânimo, qualquer coisa me tira do sério. O que fazer?
  • A irritabilidade e o desânimo podem ser consequências normais de situações pelas quais esteja passando. Muitas vezes, conseguimos enfrentar as situações difíceis e, assim, nossa irritabilidade e desânimo também melhoram. Outras vezes, temos dificuldades de encontrar saídas e, nestes casos, uma psicoterapia, com psiquiatra ou psicólogo habilitado, pode ajudar.

     

    Entretanto, pode haver casos em que a irritabilidade e o desânimo sejam excessivos, desproporcionais a quaisquer problemas pelos quais a pessoa está passando e, por vezes são, também, muito duradouros. Nestes casos, é possível que a pessoa esteja tendo um transtorno psiquiátrico. Transtornos psiquiátricos são quadros nos quais, apesar de os sintomas serem psicológicos (por exemplo, irritabilidade e desânimo), está havendo pequenas alterações no funcionamento do cérebro. Nestes casos, quase sempre, há necessidade de tratamento medicamentoso. Antes de prescrever a medicação, o psiquiatra (que é uma especialidade médica) deve fazer uma cuidadosa entrevista com o(a) paciente, para fazer um diagnóstico. Por exemplo, irritabilidade e desânimo podem estar presentes em vários tipos de transtornos psiquiátricos: depressões, transtornos ansiosos e mesmo transtornos de personalidade, que são quadros que se caracterizam ao final da adolescência e tendem a se manter ao longo da vida. Quando é feito o diagnóstico psiquiátrico, o profissional tem condições de prescrever o melhor tratamento como, por exemplo, remédios inibidores de recaptura de serotonina, em casos de depressão e ansiedade. Às vezes, o psiquiatra indica que, juntamente com o remédio, a pessoa faça uma psicoterapia, na qual, junto com um profissional habilitado, procura entender melhor a origem de seus problemas e a resolvê-los para melhorar seu estado psicológico e sua qualidade de vida. É importante lembrar, também, que, felizmente, a imensa maioria dos remédios psiquiátricos é bem tolerada pelo organismo e, sobretudo, não causa dependência.

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    Dr. Ivan Mario Braun
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Tenho uma dúvida. Meu filho tem 12 anos, ele é muito nervoso, não gosta de ir à escola, não estuda, tem dia que não copia matéria e é muito agitado. Não aceita que fale não pra ele. Toma imipramina. O que devo fazer?
  • Adolescentes e pré-adolescentes frequentemente apresentam problemas comportamentais, dado que é uma idade de transição, na qual aos poucos substituem os direitos e deveres de crianças por aqueles dos adultos. Assim, até certo ponto, é normal encontrar comportamentos rebeldes e desafiadores. Quanto a não gostar de estudar, é um problema que pode ter muitas origens: depende de fatores educacionais, familiares, do grupo em que convive, da capacidade intelectual de cada um e mesmo da capacidade da escola ensinar. Há muitos motivos para não se querer ir à escola: ter coisas mais estimulantes para fazer como, por exemplo, ficar com colegas "matando aulas" ou estar com dificuldades de aprendizado, que podem desestimular a pessoa a frequentar as aulas. Um motivo que nem sempre é abordado é a possibilidade de "bullying", de a criança estar sendo vítima de gozações e agressões que a deixam amedrontada e sobre as quais nem sempre se sente à vontade para falar com os pais. A agitação pode ser decorrente de ansiedade, depressão, transtorno de déficit de atenção-hiperatividade ou mesmo ser reação da criança a fatores ambientais.

    Não é fácil falar com adolescentes sobre seus problemas, frequentemente a dificuldade deles em falar também pode ter várias origens, desde dificuldades em lidar com as próprias emoções, vergonha ou medo. Se os pais se relacionam com a criança através de muitas broncas, isto também pode desestimular que ela fale sobre seus problemas. Isto não significa, de forma alguma, que os pais devem aceitar tudo o que a criança faz. Mas há os jeitos certos de dar as broncas e no momento certo. Também é importante que os pais acompanhem o comportamento da criança no dia-a-dia, saibam quem são os amigos, os pais dos amigos, que dificuldades ela enfrenta. Não adianta só conferir as notas bimestrais ou se "passou" de ano.

    Quanto a tomar imipramina, trata-se de uma medicação usada principalmente em depressão, ansiedade e, por vezes, como alternativa no transtorno de déficit de atenção. De modo geral, não costuma ser uma primeira linha de tratamento.

    Além de levar a criança a um psiquiatra, caso ainda não esteja frequentando (e de pedir esclarecimentos ao psiquiatra, caso ela já esteja), é importante que os pais procurem uma orientação com psicóloga ou pedagoga com experiência em crianças. Estas profissionais serão muito úteis em combinar, com os pais, estratégias que os ajudem a melhorar os comportamentos da criança.

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Faz 2 anos que não consigo comer nada sólido, só líquido, pois quase engasguei e fiquei em pânico de acontecer de novo. Depois disso não consigo comer mais nada sólido. Meu coração dispara, suo frio, entro em pânico só de pensar em comer.
  • Primeiramente, você deve explorar, com um bom clínico, se existe algum motivo físico para ter engasgado e para sua dificuldade de comer alimentos sólidos. Talvez você já tenha feito isto, mas muitas vezes nós, psiquiatras, recebemos pessoas com quadros aparentemente psicológicos, mas que se revelam como problemas de ordem física. Se forem excluídas causas físicas, é possível, sim, que tenha desenvolvido um quadro de fobia. Fobias são medos irracionais ou excessivos: pode haver fobias de altura, de lugares fechados, de falar em público e há casos, também, em que a pessoa tem medos como os que descreve. Com a colaboração do paciente, as fobias podem ser bem tratadas e frequentemente nem requerem o uso de medicações, mas sim de técnicas cognitivo-comportamentais.

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